Especial: Paulo Leminski

Especial: Paulo Leminski

Paulo Leminski: Origem polonesa

O curitibano Paulo Leminski tinha em seu DNA os traços polonês, brasileiro e indígena

O poeta morou em sua cidade natal a maior parte de sua vida. Defendia que Curitiba precisava deixar mais a mostra a sua criatividade, não repreendê-la. Além disso, em uma palestra na década de 80, afirmou que a cidade era marcada pela “mística do trabalho”, herança de seus imigrantes europeus, que chegaram à região no final do século XIX.

Para o autor de sua biografia, Toninho Vaz, Leminski poderia ser comparado com os europeus imigrantes no campo do trabalho, mudando apenas a via. O poeta era um trabalhador incessante, mas com o papel e a caneta – ou a máquina de escrever. Produzia muitos materiais, pensamentos e críticas. Era um “cachorro louco”, como ele mesmo se apelidou.

Paulo Leminski: Origem Polonesa - Bosque do Papa - Curitiba Space

Outra relação com a imigração de Curitiba se dá em sua genética. Sua origem polonesa, junto com a brasileira e indígena, eram a típica representação de um curitibano, e Leminski tinha muito orgulho desse termo, “curitibano”. Tentou morar alguns anos em outras cidades, mas, como o pinheiro, árvore típica do Estado, não se adaptou a outra região.

Paulo Leminski: Origem Polonesa - Bosque do Papa - Curitiba Space

Em seus últimos anos de vida, escreveu um dos poemas que mais se relaciona com a cidade: “Curitibas”:

Conheço esta cidade
como a palma da minha pica

Sei onde o palácio
Sei onde a fonte fica

Só não sei da saudade
A fina flor que fabrica.
Ser, eu sei. Quem sabe,
esta cidade me significa

Sua relação com a imigração polonesa pode ser vista também no Bosque do Papa. Um mural, que apresenta o poeta aos seus visitantes, homenageia o “mestiço curitibano, com origem polonesa, portuguesa, índia e negra”.

Bosque do Papa - Bosque Estadual João Paulo II - Curitiba Space

O Bosque do Papa fica na Rua Euclides Bandeira, s/ nº, no bairro Centro Cívico. Há entradas também pela Rua Vieira dos Santos e pelos fundos do Museu Oscar Niemeyer.

Referências Bibliográficas:
VAZ, Toninho. Paulo Leminski: O bandido que sabia latim. Rio de Janeiro. Record. 2009.

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