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Especial: Quem foi?

Quem foi: Visconde do Rio Branco

Em 1871, o político foi convidado por Dom Pedro II para formar o gabinete

Destacado político, professor e jornalista, José Maria da Silva Paranhos (1819-1880) teve o início de seus estudos realizados no Rio de Janeiro através da ajuda proporcionada por seu tio materno. Ingressou na Academia da Marinha e posteriormente veio a se graduar em ciências matemáticas na Escola Militar. Paranhos passou a ser conhecido pelo seu comportamento exemplar e uma intensa dedicação.

Em 1842, pouco depois de se tornar membro da Maçonaria, José Maria da Silva Paranhos casou-se com Teresa de Figueiredo Faria, matrimônio que rendeu ao casal nove filhos. O mais velho, José Maria da Silva Paranhos Júnior também obteve destaque na vida pública nacional. Em 1847, o futuro Visconde do Rio Branco foi elevado a lente catedrático do 6º ano na Escola Militar, cargo que exerceu até 1863 lecionando disciplinas de aritmética, artilharia e fortificações permanentes, mecânica, economia política, estatística e direito administrativo. Neste meio tempo, também passou a desempenhar função de jornalista, inclusive se tornando conhecido pelo fato de despejar inúmeras críticas ao ditador argentino Juan Manuel de Rosas.

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Paranhos deu início à carreira política através de sua vertente liberal demonstrada na carreira jornalística. Em 1845, foi eleito deputado para a Assembleia Legislativa da província do Rio de Janeiro, e mais tarde secretário, vice-presidente e presidente da região, inclusive realizando importantes reformas no ensino primário e secundário em âmbito local. José Maria da Silva Paranhos se destacou como um dos maiores oradores de sua época e passou a ser respeitado por aliados e opositores em função de atitudes cultas, honestas e competentes. Por questões ideológicas acabou se afastando da carreira pública por determinado tempo e focou na atuação de jornalista.

O retorno foi marcado pelo convite inesperado para assumir o cargo de secretário do ministro de plenipotenciário da região do Rio da Prata, comandado por Honório Hermeto Carneiro Leão, futuro marquês de Paraná.  Ambos obtiveram sucesso na função ao assinarem um tratado internacional de aliança entre o Brasil, Uruguai e as províncias rebeldes argentinas Corrientes e Entre Rios, seguido por um com o Paraguai em 1851. A atuação rendeu a Paranhos a função de ministro residente e chefe da delegação brasileira em Montevidéu e a condecoração a Imperial Ordem da Rosa. Ainda na vida pública angariou cargos de ministro da Marinha, Negócios Estrangeiros e da Fazenda; deputado geral pelo Rio de Janeiro e por Sergipe; chefe do Partido Conversador após a morte de Marquês do Paraná; e senador pelo Mato Grosso do Sul.

Em 1871, o Visconde do Rio Branco foi convidado por Dom Pedro II para formar um gabinete. Na função, Paranhos incentivou a indústria nacional, desenvolveu a agricultura, aumentou as estradas de ferro, inaugurou a linha telegráfica que possibilitava o contato entre Brasil e Europa, além de ter realizado o primeiro censo da história do Brasil. Deixou a presidência do gabinete após pouco mais de quatro de trabalho.

O Visconde do Rio Branco faleceu no dia 01 de novembro de 1880. O estadista é lembrado em Curitiba através de uma rua localizada no Centro da cidade.

Referências:
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p
UFRGS. Visconde do Rio Branco. Disponível em <www.mat.ufrgs.br>.
ABL. Visconde do Rio Branco. Disponível em <http://www.academia.org.br>.

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