Quem foi: Monteiro Lobato

O autor de obras como Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939), Lobato foi um dos escritores mais influentes do Brasil durante o século XX.

Nascido em Taubaté, José Bento Renato Monteiro Lobato (1882 – 1948) era neto de Visconde de Tremembé. Foi na biblioteca de seu avô que conheceu os primeiros livros. Ainda pequeno, já escrevia contos para jornais da escola.

Com 17 anos, seguiu para São Paulo, movido pela literatura e o desenho, suas paixões na época. Por influencia de seu avô, cursou Direito na Faculdade do Largo de São Francisco. Antes de se formar, já era destaque por conta de seus textos e opiniões. Foi promotor público e, após receber a herança de seu avô, fazendeiro.

Seu primeiro livro “Urupês”, de 1917. No mesmo ano, Lobato vende sua fazenda e vai morar em Caçapava, funda a revista “Paraíba”, retorna para São Paulo, compra a “Revista do Brasil” e publica o artigo “Paranoia ou Mistificação?”. Com esse texto, que critica a arte de Anita Malfatti, deu inicio ao movimento modernista no país.

Um dos grandes trunfos de Lobato, no campo da literatura, foi transformar-se em editor, não somente escritor. Com isso, teve oportunidade de inserir uma série de renovações didáticas nos materiais.

Seu grande destaque, sem dúvida, foram as obras infantis. A Coleção Sítio do Picapau Amarelo, que foi publicada de 1921 a 1947, teve mais de 20 volumes e até hoje tem espaço na literatura infantil. Menos conhecido, mas mantendo o talento, são suas publicações com temáticas “adultas”, como “O Choque das Raças”, “Urupês”, “A Barca de Gleyre” e o “Escândalo do Petróleo”.

Monteiro Lobato faleceu no dia 4 de julho de 1948, após espasmo cerebral. Em Curitiba, além de dar nome a uma unidade de saúde e a uma escola pública, o escritor é homenageado através de uma via. A Travessa Monteiro Lobato fica no Centro de Curitiba, entre a Rua Brigadeiro Franco e Alameda Prudente de Morais.