Quem foi: Saint-Hilaire

Nascido em Orleans, Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire (1779 – 1853) chegou ao Brasil em 1816, acompanhando a missão do Duque de Luxemburgo pela região – o objetivo do nobre era resolver as divergências entre França e Portugal quanto ao domínio da Guiana. A “vaga” de Saint-Hilaire foi graças as suas relações pessoais e a aprovação do Museu de História Natural de Paris, com financiamento do Ministério do Interior.

Na passagem por terras tupiniquins, o botânico e naturalista escreveu alguns livros, como “História das Plantas Mais Notáveis do Brasil e do Paraguai”, “Quadro Geografico da Vegetação Primitiva na Província de Minas Gerais” e “Viagem à comarca de Curitiba”. Nessa obra, escrita na visita que fez a região em 1820, o escritor conta aspectos dos Campos Gerais; as vilas e fazendas da região; costumes indígenas e aspectos físicos. Ele começou sua viagem em Itararé e passou por Castro, Curitiba, Paranaguá e Guaratuba, até continuar sua missão por Santa Catarina. Aliando conhecimento científico e talento, Saint-Hilaire foi importante para a França nessa época, quando o país vivia uma expansão territorial, economia conturbada e alguns conflitos armados.

Saint-Hilaire deixou o Brasil em 1822 e foi responsável pelo transporte de alguns exemplares nativos daqui – o que hoje culminaria no crime de biopirataria. O botânico faleceu em 1853, em sua terra natal, com 73 anos.

Em Curitiba, a continuação da Rua Guilherme Pugsley (a rápida do Portão sentido bairro/centro) leva o nome do botânico francês. A Rua Saint-Hilaire corta importantes vias da cidade, como as avenidas Pres. Getúlio Vargas, Iguaçu e Silva Jardim, até acabar na Praça do Japão, no bairro Água Verde.