Quem foi: Lamenha Lins

Nascido em Recife, Adolfo Lamenha Lins (1845 – 1881) foi um político nacional e pessoa importante no desenvolvimento econômico do Paraná, que estava recebendo seus primeiros imigrantes no século XIX.

Diplomado em Direito, pela Faculdade de Direito do Recife, foi presidente da província do Piauí, em 1874, e no ano seguinte foi presidente do Paraná – cargo equivalente ao de Governador do Estado. Designado por carta imperial de 21 de abril de 1875, ficou no cargo de 8 de maio de 1875 a 16 de julho de 1877. Nesse período, criou algumas colônias na região de Curitiba, que mudaram a estrutura da região e abrigaram vários imigrantes. Lamenha Lins travou algumas disputas com São Paulo e Santa Catarina, que queriam integrar o Paraná as suas respectivas províncias.

Nesses dois anos no cargo, o presidente estabeleceu algumas diretrizes para o desenvolvimento do Paraná, principalmente na colonização e agropecuária. Após esse período, permaneceu em Curitiba, pois havia gostado da nova terra, de sua geografia, condições topográficas, clima e fertilidade do solo, e foi nomeado inspetor especial de Terras e Colonização – porém, foi demitido quatro meses depois. A ação veio por conta de uma “desobediência” de Lins, que se candidatou ao cargo de deputado geral da Assembleia Legislativa do Paraná (para assumir o posto de inspetor, o político aceitou a restrição de não se candidatar ao cargo, mas quatro meses depois mudou sua posição).

Lamenha Lins faleceu em 4 de setembro de 1881, em sua terra-natal. Há várias homenagens ao personagem em Curitiba, com destaque para a via e para o colégio que levam o seu nome. A Rua Lamenha Lins passa pelos bairros Parolin, Rebouças e Centro, contabilizando quase 4 km de percurso. Nessa via está localizado o Colégio Estadual Presidente Lamenha Lins, criado pelo Decreto Nº 19.473 de 14 de setembro de 1965 (com o nome de Ginásio Estadual Anexo ao Centro Educacional Guaíra). Somente dois anos após sua criação é que o instituto chegou até a Rua Lamenha Lins, e, nessa mudança, passou a ter o nome do ex-presidente da província.

Há também duas colônias de imigrantes que levam seu nome, Lamenha Grande e Lamenha Pequena, por ser o político o responsável pela instalação desses grupos.