A primeira tentativa de uma Universidade no Paraná

Ainda no início do regime republicano – instaurado no Brasil em 1889, um dos mais renomados historiadores e jornalistas da época, Francisco José da Rocha Pombo conseguiu concessão do governo do Estado – através do apoio do então presidente Francisco Xavier da Silvia -, para que fosse possível dar início a concepção de uma universidade na capital paranaense. A concessão previa vantagens, como por exemplo, a isenção de impostos, contudo, exigia requisitos como a disponibilidade inicial de seis cursos, entre eles o de direito, além da extinção de algumas instituições de ensino, como o Ginásio Paranaense – atual sede da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná.

Vários são os fatores apontados para a falha na organização da universidade. No âmbito local, Curitiba ainda era considerada uma pacata cidade sem recursos, com mercado de trabalho restrito e uma população pequena, fato agravado pelo monopólio do ensino superior oriundo do governo federal e a Revolução Federalista que na época passou a atingir o Estado do Paraná. Outro causa, apontada pelo historiador Ruy Wachowicz, é a de que Rocha Pombo possuía uma personalidade muito crítica em relação aos políticos paranaenses, inclusive com posturas sempre contrárias as práticas vigentes da época.

Em 1892, apesar do insucesso da ideia, Rocha Pombo chegou a lançar a pedra fundamental no então terreno no Campo da Cruz. Atualmente, o local contempla a Praça Ouvidor Pardinho, localizada entre as Avenidas Getúlio Vargas e Iguaçu e as Ruas Nunes Machado e 24 de Maio. A praça oferece academia ao ar livre, pista para caminhada e corrida, quadras de vôlei e futebol e dois playgrounds. O local também abriga uma das Unidades de Saúde de Atenção ao Idoso.