Quem foi: João Turin

Natural de Morretes, João Zanin Turin (1878-1949) foi um dos precursores da escultura no Estado do Paraná. Considerado também um talentoso pintor, o artista começou seus estudos acadêmicos já em Curitiba, na Escola de Artes e Ofícios de Antônio Mariano de Lima. Com 18 anos, seu nome já constava como aluno-professor nas atas da escola. Por conta de seu talento, João Turin recebeu uma bolsa do Estado – governado por Vicente Machado – para estudar na Real Academia de Belas-Artes, em Bruxelas, juntamente com Zaco Paraná. Por lá, teve aulas com Charles Van der Stappen, importante escultor sueco, e se especializou nessa arte.

Ao retornar ao Brasil, já com 44 anos, o artista angariou renome nacional após expor a estátua de Tiradentes no Rio de Janeiro durante as comemorações do Centenário da Independência do Brasil. De volta a Curitiba, já nos últimos anos de vida, foi o precursor, juntamente com Lange de Morretes e Zaco Paraná, do movimento “Paranismo”, responsável por criar uma identidade na região através da arquitetura, pintura, escultura e outras manifestações artísticas. O artista morreu com 70 anos, em 1949. Um ano antes, Turin foi premiado no Salão Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, com a medalha de ouro pela sua obra “Luar do Sertão”.

Por conta de suas obras, João Turin é considerado um escultor animalista. Ao longo do cenário urbano de Curitiba é possível conferir uma série de estátuas do artista. Destaque para obras como: Tigre Esmagando a Cobra, no Av. Manoel Ribas; Luar do Sertão, no Centro Cívico (Próxima aos Palácios Iguaçu e 29 de Março); Águia na Praça Santos Andrade; Estátua de Tiradentes no Marco Zero de Curitiba; além de homenagens a personalidades da cidade, como por exemplo, a Julia Wanderley, também na Praça Santos Andrade.