Quem foi: Presidente Taunay

Nascido no Rio de Janeiro, Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay (1843 – 1899) esteve presente em muitas áreas do conhecimento, com destaque para a suas ocupações de escritor, professor, político, historiador e sociólogo.

Sua relação com a nobreza já vem de berço, ele era filho de aristocratas de origem francesa. Seu pai, Félix Taunay, foi pintor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes e seu avô, Nicolas-Antoine Taunay, fez parte da Missão Artística Francesa, que chegou ao Brasil em 1816. Ele era também sobrinho do conde d’Escragnolle.

Na adolescência, Alfredo estudou no Colégio Pedro II e no Colégio Militar do Rio de Janeiro – onde se tornou bacharel em Matemática e Ciências Naturais. No ano seguinte, em 1864, lutou na Guerra do Paraguai, como engenheiro militar, por seis anos. Foi nessa época que começou a escrever seu primeiro livro de destaque, a obra “A Retirada da Laguna”. De volta ao Rio, começou a lecionar no Colégio Militar e deu início a sua carreira política. Em 1872, foi eleito para a Câmara dos Deputados, pela província de Goiás, e três anos depois se torna Major nas forças armadas.

A partir de 1876, foi nomeado presidente da província de Santa Catarina, cargo que exerceu por sete meses. Uma de suas principais ações nesse período foi a inauguração do monumento aos heróis catarinenses da Guerra do Paraguai. Logo após, passa dois anos estudando fora do país e retorna para assumir o cargo de deputado. Em 1885 acontece o principal fator que relaciona Taunay a Curitiba, ele assume a presidência da província do Paraná. Ficando no cargo pouco mais de um ano, sua ação “mais famosa” foi a inauguração do primeiro parque da cidade, o Passeio Público, em 2 de maio de 1886. Um dia depois, deixa o cargo, e, em poucos meses, torna-se senador por Santa Catarina.

O seu título nobiliárquico de visconde, nomenclatura pela qual Alfredo é mais conhecido, aconteceu em 6 de setembro de 1889. Com a proclamação da República, deixa a política e seu título é “destituído”, se tornando o único Visconde de Taunay da história.

Mesmo atuando em várias áreas, além das já citadas ele foi músico e artista plástico, Visconde de Taunay tem na literatura o seu grande destaque. Sua principal obra foi o romance Inocência, de 1872. Outras obras com destaque foram Lágrimas do Coração (1873), Ouro sobre Azul (1875), Amélia Smith (1886), No Declínio (1889) e O Encilhamento (1894). Em 1897, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Alfredo Taunay morreu no dia 25 de janeiro de 1899, vítima de um agravamento de sua diabetes. Em Curitiba, como em várias cidades do Brasil, sua história é homenageada com o seu nome batizando uma via. A Alameda Presidente Taunay fica nos bairros Batel e Bigorrilho, começando na Av. Manoel Ribas e terminando na Rua Comendador Araújo.