Quem foi: Lange de Morretes

Frederico Lange de Morretes (1892-1954), natural de Morretes, recebeu muito cedo os ensinamentos e a influência de um dos maiores artistas que já passaram na história do Paraná. Logo aos 13 anos, o pai de Lange de Morretes trouxe à cidade litorânea o norueguês Alfredo Andersen para que pudesse lecionar pintura na região. Após permanecer sob os estudos de Andersen, o jovem artista rumou para Leipzig, onde estudou artes gráficas durante cinco anos, e mais tarde para Munique, também na Alemanha, cidade em que frequentou, por mais cinco anos, a Escola Superior de Belas Artes da cidade. A Europa também marcou pelo fato de ter sido o local em que Frederico Lange incorporou a sua cidade natal no sobrenome.

No retorno ao Brasil, em 1920, Lange de Morretes passou a se dedicar a pintura, ciência, e a lutar para que o Estado do Paraná criasse um estilo artístico próprio. Neste contexto, ao lado de João Turin e João Ghelfi, grandes expoentes da arte no Estado, foi um dos responsáveis pela criação do movimento Paranista. Lange de Morretes também lecionou na Escola de Belas Artes do Paraná, pintou mais de quinhentas telas, inclusive participando de exposições no Brasil e na Alemanha, e angariou importantes prêmios como a medalha de bronze no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1927, e a medalha de ouro, em caráter póstumo no Salão Paranaense de Belas Artes, em 1954. Na ciência, Lange de Morretes trabalhou como professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em São Paulo, e foi responsável pelos primeiros estudos a respeito de moluscos, inclusive conhecido pela descoberta de um espécime novo durante seus estudos de Malacologia.

Lange de Morretes é lembrado em Curitiba através de uma rua localizada no bairro Jardim Social. Além disso, o artista é conhecido por ser o autor dos pinhões estilizados que aparecem nas calçadas da cidade.