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Especial: Quem foi?

Quem foi: Euclides da Cunha

Euclides fez parte da Academia Brasileira de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909), natural de Cantagalo, Rio de Janeiro, teve como grande precursor em seus estudos o militar e professor Benjamin Constant.  Eles tiveram o primeiro contato em 1883, e voltaram a se encontrar em 1886, quando Cunha ingressou na escola militar. Benjamin Constant foi responsável por introduzir a filosofia positivista a Euclides da Cunha. Neste mesmo período, entre 1883 e 1884, Cunha já dava seus primeiros passos como escritor ao escrever poemas em um caderno pessoal intitulado “Ondas” e após publicar o seu primeiro artigo, desta vez no jornal representativo de seu colégio na época.

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O engajamento republicano do então jovem escritor levou ao desligamento da escola militar após um protesto realizado em função da visita do Ministro da Guerra, conselheiro Tomas Coelho, do último gabinete conservador da monarquia ao colégio. Com a saída do exército, passou a escrever para o jornal “A Província de São Paulo”, atual “Estado de São Paulo“. Proclamada a República, em 1889, retornou ao exército.

A ascensão na carreira literária veio no contexto da Guerra de Canudos, após receber o convite para se tornar correspondente do conflito. Durante o período em território baiano, Euclides da Cunha pode reunir material a respeito da situação do conflito em si. Observou, anotando em sua cardeneta expressões populares da região, desenhos da cidade e das montanhas, movimentação das tropas, e levantou informações sobre Antônio Conselheiro, líder da Guerra de Canudos. Todo o conteúdo adquirido resultou com a publicação de “Os Sertões: Campanha de Canudos”, em 1902.

A obra é considerada uma das epopeias da Língua Portuguesa e pioneira no fato de identificar uma região até então desconhecida e insignificante na visão do restante do cenário brasileiro. Com a obra, Euclides da Cunha também se viu diante do questionamento a sua principal vertente política, a República, recém instaurada no país. “Os Sertões”, também abriu caminho para o escritor se tornar conhecido em âmbito internacional. Euclides da Cunha angariou vaga na Academia Brasileira de Letras e no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Como escritor, escreveu também “À margem da história” e ‘’Peru versus Bolívia’’, ambos oriundos do período em que foi chefe da comissão de reconhecimento do Alto Purus com o objetivo de colaborar na demarcação de limites entre Brasil e o Peru.

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Euclides da Cunha faleceu no dia 15 de agosto de 1909, após uma troca de tiros com o cadete Dilermando de Assis. A motivação seria a traição de sua mulher, Anna de Assis, que ainda durante o casamento com Euclides da Cunha teve dois filhos com Dilermando. O cadete acabou sendo absolvido de culpa após julgamento.

O escritor é homenageado em Curitiba com uma Rua localizada no bairro Bigorrilho. A Rua Euclides da Cunha, com início e fim nas Ruas Júlia Wanderley e Olavo Bilac, possui cerca de 1,5 km de extensão.

Referências:
UOL. Educação. Disponível em <http://educacao.uol.com.br/biografias>.

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