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Especial: Quem foi?

Quem foi: Castro Alves

O poeta foi patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras

Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em 1847, na vila de Nossa Senhora da Conceição de “Curralinho”. Atualmente, a cidade que se chamava Curralinho leva o nome do poeta. O município de Castro Alves, que tem como bordão “Terra da Música e da Poesia”, fica a 194 km de Salvador, capital do estado.

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Filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro, o futuro poeta cresceu cercado pela arte. Influenciado por seu pai, e também na escola, frequentava saraus ainda pequeno, que uniam arte, música, poesia e declamação de versos. Os eventos foram “positivos” e com 17 anos ele começou a produzir suas próprias poesias.

Após o segundo casamento de seu pai – sua mãe havia falecido em 1659, foi para Recife com o irmão. Em 1863, na capital pernambucana, tentou ingressar na Faculdade de Direito do Recife, mas não conseguiu. Apesar disso, era uma personalidade bastante requisitada no ambiente estudantil, em sessões públicas, nas sociedades estudantis, na plateia dos teatros e em outros locais. Com essas aparições, e mostrando um grande talento, começou a ficar cada vez mais famoso na cidade.

Em 1863, após assistir uma apresentação da atriz portuguesa Eugénia Câmara, escreveu seu primeiro poema de destaque, que apontava contra a escravidão, “A canção do africano”. No mesmo ano, Castro Alves teve sua primeira tuberculose.

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No ano seguinte, conseguiu ingressar na Faculdade de Direito do Recife e em 1866 fundou uma sociedade abolicionista, junto com Rui Barbosa e outros amigos. Nesse mesmo ano, casou-se com Eugénia Câmara, a atriz por quem havia se apaixonado três anos antes.

Em janeiro de 1868 “foi embora” para o Rio de Janeiro, local de efervescente criatividade e atividades artísticas. Na cidade, foi recebido por José de Alencar. Três meses depois, porém, uma nova mudança, dessa vez para São Paulo. Na cidade, se matriculou na Faculdade de Direito de São Paulo, no terceiro ano. Nessa época, com 21 anos, estava cercado por grandes artistas e personalidades, como Fagundes Varela, Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Bias Fortes, Martim Cabral e Salvador de Mendonça.

No final desse ano, um fato marcou profundamente sua vida. Durante uma caçada na várzea do Brás, Castro Alves feriu seu pé com um tiro, resultando em uma longa enfermidade. Foi transferido para o Rio de Janeiro e, para salvar sua vida, teve o membro inferior esquerdo amputado. A partir disso, teve dificuldades de continuar o curso de Direito e foi obrigado a abrir mão da vaga. No final de 1869, retornou a Bahia. No estado natal, produziu algumas obras, mas se via limitado na locomoção e com grandes dificuldades por conta da tuberculose. No dia 6 de julho de 1871, faleceu na capital baiana. Pouco tempo depois, foi homenageado nacionalmente como patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.

Apesar do poeta nunca ter visitado a cidade, Curitiba presta uma homenagem a Castro Alves. A via que leva o seu nome fica nos bairros Batel e Água Verde. A Rua Castro Alves é a “rápida” do Portão, sendo a continuação da Av. Visconde de Guarapuava.

Referências:
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p
UOL. Educação. Disponível em <http://educacao.uol.com.br/biografias>.

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