Palacete do Batel

A construção, que já é centenária, foi um projeto do empresário Maurício Thá, encomendado para ser a residência de Ildefonso Rocha e sua família. A moradia no local, porém, não durou tanto tempo quanto era esperado. Em 1922, aproximadamente 10 anos após a conclusão da obra, a casa foi transferida para o banco Francês e Italiano, pela necessidade de pagar uma dívida familiar. No mesmo ano, a residência foi comprada por Benedito Bandeira Ribas, que quatro anos depois vendeu para Ildebrando de Araújo, um grande comerciante de Curitiba, que naquele ano era também chefe de polícia.

O terreno do Palacete do Batel é bem grande, com a construção instalada bem no centro. Cercada por gramados e arbustos projetados geometricamente, a casa apresenta elementos da arquitetura francesa, mas com certo ecletismo. A torre diferenciada em um dos lados, as marquises de vidro, a relativa inclinação da cobertura e os traços da art-nouveau na porta de entrada são alguns destaques da obra. No dia 03 de fevereiro de 1975, a construção foi tombada pela Coordenação do Patrimônio Cultural do Paraná.

Em 2009, uma grande reforma no local foi iniciada. Por conta dos seus 100 anos, alguns materiais estavam desgastados e uma restauração era necessária. As empresas Albatroz e Thá foram as responsáveis pela execução da reforma, que começou com uma intensa limpeza no interior da residência até possíveis reparos na estrutura. Uma torre comercial, com entrada pela Visconde de Guarapuava, era prevista para o projeto, que foi autorizado pela Coordenação do Patrimônio Cultural do Paraná desde que não alterasse as características da casa.

O Palacete fica na Avenida do Batel, 1387, no bairro do Batel. A construção fica ao lado do Castelo do Batel, outro local de destaque na região, usado hoje como espaço para festas.