Quem foi: Monsenhor Celso

Monsenhor Celso Itiberê da Cunha (1849 – 1930) é um dos personagens que possui uma das lembranças com maior carinho na história de Curitiba. Filho de Dr. João Manoel da Cunha e de Dona Maria Lourença, Monsenhor Celso é natural de Paranaguá e teve seu batismo datado de 06 de novembro de 1849 na Igreja de Nossa Senhora do Rosário em sua cidade natal.

Teve seus estudos realizados em Paranaguá e aos 18 anos terminou os preparatórios no Colégio Liceu – administrado por seu pai. Foi cursar Filosofia no Seminário de São Paulo e com rapidez admiradora acabou sendo ordenadoo sacerdote pelo bispo de São Paulo D. Lino Rodrigues de Carvalho no dia 20 de julho de 1873. No mesmo ano, Monsenhor Celso viria celebrar a sua primeira missa na Matriz de Curitiba.

Após a sua ordenação, o Padre Celso passou a atuar como vigário na região de Cerro Azul. Desempenhou atividade apostólica com intensa bondade ao fundar Igrejas e Capelas e repartir alimentos e objetos com pessoas necessitadas nas vilas do Rio Ribeira. Também esteve durante quatro anos em Iguape/SP com o intuito de apaziguar os conflitos religiosos e espirituais do local. Em 1897, Monsenhor Celso recebeu o título de Cônego Honorário da Catedral de São Paulo.

No início do século XX o sacerdote foi empossado como Cura da Catedral de Curitiba – e em 1905 – viria a ser nomeado Vigário Geral da Diocese de Curitiba. Muito atencioso com os fieis, Monsenhor Celso sentava-se diariamente em banco ao lado da Catedral de Curitiba para rezar e acompanhar o crescimento de um cedro plantado por si próprio. Sempre se mostrava detentor de paz evangélica ao abençoar as crianças e oferecer santinhos.

Monsenhor Celso faleceu aos 80 anos, em 11 de julho de 1930. O carinho com o personagem é eternizado através de uma importante via localizada entre as Praças Carlos Gomes e Tiradentes. O local passou a se chamar Rua Monsenhor Celso um ano após a morte do sacerdote durante a gestão municipal de Joaquim Pereira de Macedo. Anteriormente era denominada Rua 1º de Março.