De origem polonesa, Jan Żak (1884-1961) – ou simplesmente João Zaco Paraná – veio com a família para o Brasil no ano de 1887. Cerca de oito anos depois, o jovem instalado em Restinga Seca, no Paraná, chamou a atenção dos engenheiros ferroviários François Gheur e Affonso Solheid. Impressionados com o talento do menino polonês ao trabalhar com a madeira, ambos propiciaram a ida do mesmo para residir em Curitiba.

O início da formação artística veio aos 14 anos com a bolsa de estudos oferecida pelo então presidente da Província do Paraná, Santos Andrade. Entre 1898 e 1901, época em que passaria a assinar como João Zaco Paraná, o jovem frequentou a Escola de Belas Artes e Indústrias do Paraná; além de estudar no Seminário Menor Arquidiocesano São José. O destaque precoce logo propiciou que Zaco – com apoio financeiro de amigos – se matriculasse no curso livre da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e posteriormente embarcasse rumo ao continente europeu. Através de auxílio governamental do Estado do Paraná, o artista passaria a integrar a Academia Real de Belas Artes de Bruxelas, na Bélgica.

Em 1909, após ser contemplado com o diploma acadêmico, Zaco Paraná  recebeu um ateliê na Academia, com todas as despesas pagas. Apesar do prêmio, a morte de seu orientador Charles Van der Stappen no ano seguinte levou ao artista a retornar para o Rio de Janeiro, mas sem êxito. De volta ao continente europeu, Zaco viveu em Paris entre 1912 e 1922, local em que se especializou em escultura e pintura. Durante a Primeira Guerra Mundial passou a trabalhar como operário e carregador de malas até a reativação após o término do conflito.

Antes de retornar de forma definitiva para o Rio de Janeiro, João Zaco Paraná produziu uma série de retratos a óleo de combatentes de guerra, convivendo com nomes históricos como Picasso e Modigliani. No Brasil, se tornou professor da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, se tornando catedrático da instituição. O artista faleceu em 1961.

Em Curitiba, tem duas importantes obras. O artista é autor das esculturas O Semeador, na Praça Eufrásio Correia, e Amor Materno, no Jardim Botânico.

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